09/02/2018
Aula 3
Escola de reeducação alimentar
O comer em demasia
Um erro comum, mas sério
210. Sobrecarregar o estômago é um pecado comum, e quando se usa
demasiado alimento, todo o organismo é sobrecarregado. A vida e vitalidade, em
vez de aumentar, diminuem. O homem utiliza suas forças vitais no desnecessário
trabalho de cuidar de excesso de alimentos. {CRA 131.1}
Por tomar demasiado alimento causamos grande dano a todo o organismo.
Contaminamos corpo que é enfraquecido e mutilado; e a natureza não pode fazer o
seu trabalho bem e sabiamente, como Deus designara que fosse. Em virtude de
egoística condescendência para com o seu apetite, o homem tem pressionado as
faculdades da natureza, forçando-a a realizar um trabalho que jamais deveria
ser forçada a executar. {CRA 131.2}
Estivessem todos os homens familiarizados com a viva maquinaria humana,
e poderiam não ser culpados de fazer isto, a menos, claro, que amassem de tal
maneira a condescendência consigo mesmos, que preferissem continuar sua conduta
suicida e morrer morte prematura, ou viver durante anos como um fardo para si
mesmos e para seus amigos. — Carta 17, 1895. {CRA 131.3}
Obstruindo a maquinaria humana
211. É possível comer sem moderação, mesmo os alimentos saudáveis. Não
se deve pensar que, pelo fato de haver alguém deixado o uso de artigos
prejudiciais do regime alimentar, deva comer tanto quanto lhe aprouver. O
alimentar-se em excesso, não importa qual a qualidade do alimento, atrapalha a
máquina viva e a estorva assim em seu trabalho. — Christian Temperance
and Bible Hygiene, 51; Conselhos
Sobre Saúde, 119 (1890). {CRA 131.4}
212. A intemperança no comer, mesmo que seja alimentos saudáveis, terá
efeito danoso sobre o organismo, e embotará as faculdades mentais e morais.
— The
Signs of the Times, 1 de Setembro de 1887. {CRA 131.5}
213. Quase todos os membros da família humana comem mais do que o
organismo requer. Este excesso se deteriora e torna-se uma massa pútrida. ...
Se é posto no estômago mais alimento do que requer a maquinaria viva, mesmo que
seja alimento de boa qualidade, o excesso torna-se um fardo. O organismo faz
desesperados esforços para eliminá-lo, e este trabalho extra causa uma sensação
de cansaço e fadiga. Alguns que estão de contínuo comendo chamam a isto
sensação de fome, mas é causada pela condição de sobrecarga dos órgãos
digestivos. — Carta
73a, 1896. {CRA 132.1}
[Efeitos do comer em excesso, mesmo de alimentos bons — 33 e 157]
214. Fadigas e preocupações desnecessárias são criadas pelo desejo de
fazer alarde ao hospedar visitas. A dona-de-casa trabalha excessivamente a fim
de preparar grande variedade para a mesa; por causa dos muitos pratos
preparados, os hóspedes comem demais; e doença e sofrimento, provenientes do
demasiado trabalho, de um lado, e de comer excessivamente do outro, eis o
resultado. Esses elaborados banquetes são um fardo e um dano. — Testimonies for the
Church 6:343 (1900); Testemunhos
Selectos 2:570. {CRA 132.2}
215. Banquetes de glutonaria, e alimentos postos no estômago fora de
horas, deixam sua influência sobre cada fibra do organismo; e a mente é também
seriamente afetada pelo que comemos e bebemos. — The Health Reformer,
Junho de 1878. {CRA 132.3}
216. Cerrada aplicação ao trabalho duro é prejudicial ao crescimento
estrutural do jovem; mas onde centenas têm prejudicado sua constituição
unicamente por trabalhar demais, a inatividade, o comer demasiado, a delicada
indolência têm semeado as sementes de enfermidades no organismo de milhares que
estão indo rápida e seguramente para o declínio. — Testimonies for the
Church 4:96 (1876). {CRA 132.4}
Glutonaria, uma ofensa capital
217. Alguns não exercem controle sobre seu apetite, mas satisfazem o
gosto às expensas da saúde. Como resultado, o cérebro é obscurecido, os
pensamentos ficam tardos, e eles deixam de realizar o que poderiam se
tivessem sido controlados e abstêmios..5}
O costume de pratos em série incita à gulodice
218. Muitas pessoas que rejeitam a carne e outros pesados e nocivos
artigos pensam que porque sua comida é simples e sã, elas podem condescender
com o apetite sem restrições, comendo excessivamente, por vezes até a gulodice.
Isto é um erro. Os órgãos digestivos não devem ser sobrecarregados com uma
quantidade ou qualidade de alimento que torne pesado ao organismo o
digeri-lo. {CRA 133.3}
O costume determina que a comida seja trazida para a mesa por séries.
Não sabendo o que vem depois, uma pessoa pode comer bastante de um prato que
talvez não lhe seja o mais conveniente. Quando a última parte é apresentada,
ela se arrisca muitas vezes a ultrapassar um pouco os limites, e aceita a
tentadora sobremesa, o que, no entanto, não se lhe demonstra nada bom. Se toda
a comida de uma refeição é posta na mesa ao princípio, a pessoa fica habilitada
a fazer a melhor escolha. {CRA 134.1}
Por vezes o resultado do excesso de alimento é imediatamente sentido.
Noutros casos não há nenhuma sensação de mal-estar; mas os órgãos digestivos
perdem a força vital, e é solapada a base da resistência física. {CRA 134.2}
Demasiado alimento pesa no organismo, produzindo um estado mórbido,
febricitante. Chama uma indevida quantidade de sangue para o estômago, causando
resfriamento nos membros e extremidades. Impõe pesada carga aos órgãos
digestivos, e quando os mesmos têm executado sua tarefa, resta uma sensação de
desfalecimento e languidez. Pessoas que estão continuamente a comer em excesso,
chamam fome a essa sensação de esvaimento; é porém, causado pelo estado de
exaustão dos órgãos digestivos. Há por vezes anuviamento do cérebro, com
indisposição para o esforço mental e físico. {CRA 134.3}
Sentem-se estes desagradáveis sintomas porque a natureza realizou seu
trabalho à custa de um desnecessário dispêndio de força vital, achando-se
completamente exausta. O estômago está dizendo: “Dá-me repouso.” Por parte de
muitos, todavia, a fraqueza é interpretada como um pedido de mais alimento; de
modo que, em lugar de conceder descanso ao estômago, lançam-lhe em cima outra
carga. Em conseqüência, os órgãos digestivos se acham com frequência gastos
quando deviam encontrar-se em condições de prestar bom serviço. — A Ciência do Bom
Viver, 306, 307 (1905). {CRA 134.4}
[Órgãos podem perder a força vital, embora nenhuma dor seja sentida — 155]
[Obreiros de Deus devem praticar temperança no comer — 177]
[E. G. White não pediria a bênção de Deus sobre seu trabalho se comes-se
além do necessário — Apêndice 1:7.]
A causa de debilidades físicas e mentais
E que influência tem sobre o estômago o comer demasiado? Este se
debilita, os órgãos digestivos ficam enfraquecidos, e as enfermidades, com todo
o seu cortejo de males, surgem como resultado. Se as pessoas estiveram enfermas
antes, aumentam assim sobre si as dificuldades, e diminui sua vitalidade cada
dia que passa. Convocam para ação desnecessária suas faculdades vitais, a fim
de que se encarreguem do alimento que lhes ocupa o estômago. Que terrível é
estar nesta condição! {CRA 135.3}
Muitos comem depressa demais. Outros comem numa só refeição alimentos
que não combinam.
Causa de perda de memória
Sois intemperantes em vosso modo de comer. Freqüentemente colocais no
estômago quantidade dupla do alimento que vosso organismo requer. Este alimento
se deteriora; vosso hálito torna-se desagradável; vossas dificuldades em
expectorar se agravam; vosso estômago é sobrecarregado; e as energias vitais
são convocadas do cérebro para movimentar o moinho que tritura o material
posto em vosso estômago. Nisto tendes mostrado pouca consideração por vós
mesmos. {CRA 137.2}
Sois um glutão quando à mesa. Esta é uma grande causa de vosso
esquecimento e perda de memória. Dizeis coisas que eu sei tendes dito, depois
contornais o terreno e afirmais que dissestes coisa inteiramente diferente. Eu
sabia isto, mas passei-o por alto, como sendo resultado certo do comer
demasiado. De que adiantaria falar sobre isto? Não curaria o mal. — Carta 17, 1895. {CRA 138.1}
Conselho a sedentários
225. O excessivo comer é especialmente prejudicial aos que são de
temperamento indolente; estes devem comer frugalmente, e fazer bastante exercício
físico. Existem homens e mulheres de excelentes aptidões naturais, que não
realizam metade do que poderiam efetuar se exercessem domínio sobre si mesmos
quanto a negar-se ao apetite. {CRA 138.2}
Muitos escritores e oradores falham nesse ponto. Depois de comer à
vontade, entregam-se a ocupações sedentárias, lendo, estudando ou escrevendo,
não se dando nenhum tempo para exercício físico. Em conseqüência, é entravado o
livre fluxo dos pensamentos e das palavras. Não podem escrever nem falar com a
intensidade e o vigor necessários para atingir o coração; seus esforços são
fracos e infrutíferos. {CRA 138.3}
Aqueles sobre quem impendem importantes responsabilidades, e sobretudo
os que são guardas dos interesses espirituais, devem ser homens de viva sensibilidade
e rápida percepção. Mais que os outros devem eles ser temperantes no comer.
Alimento muito condimentado e rico não deveria ter lugar em sua mesa. {CRA 138.4}
Todos os dias homens que ocupam posição de responsabilidade têm de tomar
decisões das quais dependem resultados de grande importância. É-lhes preciso
com freqüência pensar rapidamente, e isto só pode ser feito com êxito pelos que
observam estrita temperança. A mente se revigora sob o correto tratamento das
faculdades físicas e mentais. Se a tensão não é demasiada, sobrevém renovado
vigor a cada esforço. Mas com freqüência a obra dos que têm importantes planos
a considerar e sérias decisões a tomar é afetada para mal em conseqüência de um
regime impróprio. Um estômago perturbado produz um estado mental incerto e
perturbado. Causa muitas vezes irritabilidade, aspereza ou injustiça. Muito
plano que haveria sido uma bênção para o mundo tem sido posto à margem; muitas
medidas injustas, opressivas e mesmo cruéis têm sido executadas em resultado de
estados enfermos, resultantes de hábitos errôneos no comer. {CRA 138.5}
Eis uma sugestão para todos quantos têm trabalho sedentário ou
especialmente mental; experimentem-no os que tiverem suficiente força moral e
domínio próprio: Comei em cada refeição apenas duas ou três espécies de
alimento simples, não ingerindo mais do que o necessário para satisfazer a
fome. Fazei exercício ativo todos os dias, e vede se não experimentais
benefício. {CRA 139.1}
Homens fortes, que se empenham em ativo trabalho físico, não são
forçados a cuidar tanto no que respeita à qualidade e à quantidade do alimento,
como as pessoas de hábitos sedentários; mas mesmo esses gozariam melhor saúde
se usassem de domínio sobre si mesmos quanto ao comer e beber. {CRA 139.2}
Alguns desejariam que se lhes prescrevesse uma regra exata para seu
regime. Comem demais, e depois se lamentam, e ficam sempre a pensar no que
comem e bebem. Não deve ser assim. Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra
para outra. Cada um deve exercer discernimento e domínio, agindo por princípio.
— A
Ciência do Bom Viver, 308-310 (1905). {CRA 139.3}
Cavando a sepultura com os dentes
228. A razão por que muitos (queixarem-se) de enfermidades, é que deixam
de fazer suficientes exercícios e são condescendentes no comer em excesso. Não
compreendem que tal procedimento põe em perigo a constituição mais forte. Os
que, como vós, são de temperamento apático, devem comer pouco e não evitar
cansaço físico. Muitos () estão cavando sua sepultura com os próprios dentes.
O organismo, tendo que cuidar da carga imposta aos órgãos digestivos,
sofre, e severo esforço é imposto ao cérebro. Por toda ofensa cometida contra
as leis da saúde, o transgressor tem de pagar a penalidade em seu próprio
corpo. — Testimonies
for the Church 4:408, 409 (1880). {CRA 141.3}
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